Ninguém é uma ilha e todo mundo já percebeu isso em algum momento desta vida. Talvez sejamos barquinhos soltos em um mar infinito, hora revolto, hora calmo, muitas vezes de águas claras, outras turvas demais. E esses barquinhos se conectam de diferentes formas durante suas jornadas navegantes: se encontram, se separam, se trombam, se ajudam. Que graça teria viajar pela nossa existência nesta Terra se não fossem as relações que criamos com o outro desde o dia em que chegamos aqui? E o que seria de nós se não colocássemos o amor como bússula neste oceano de relações tão diferentes e desafiadoras?
Estamos todxs conectadxs à outras pessoas porque cada uma delas é um pedaço de nós, por mais que ainda não consigamos entender ou aceitar esta verdade. Por semelhança ou diferença, cada pessoa que cruza nosso caminho tem algo para levar de nós ou deixar conosco, aí mora a mágica dos encontros. O tempo, sábio e rei que é, um dia vai trazendo a clareza e nos fazendo entender que coincidências não existem e nada é por acaso. Mas aquela tempestade em alto mar existiu sim e você só não se afogou porque outro barquinho apareceu para te estender o remo.
Mas, caso você ainda se sinta barco a deriva, sem nenhuma companhia para compartilhar sobre as direções do vento, pense na grandeza que é ser seu próprio barco. Na verdade, não deve ser lá muito fácil amar o outro sem antes reconhecer esse amor por si próprix. Não conseguimos dar ao outro o que não nutrimos por nós mesmxs, já pensou nisso? Então tá tudo certo, porque se ainda você não navega com fluidez na praia das relações com o outro, é porque tá descobrindo dentro do peito a melhor forma de se sentir segurx nessa aventura. Tudo no seu tempo, tudo com auto confiança e auto amor demais!
Agora a gente solta a âncora do barco em alto mar, bem na hora do sol poente, para divagar sobre todas essas conexões que vivemos diariamente e como cada uma delas reverbera em sua particularidade. Foi esse exercício criativo que levou a gente aqui do Ateliê a chegar na colação A.MAR, sabia? No vai e vem das ondas rotineiras, percebemos as relações que precisam de pausas e respiros, outras que são movidas a emoções, algumas precisam de pontos para recomeçar melhor, aquela outra é um mistério que nunca sabemos onde vai dar. E assim, nesse devaneio solto, chegamos à conclusão de que falamos todxs a linguagem do coração. Então, transformamos alguns pontos da nossa tradicional gramática portuguesa em joias que representam esta metáfora entre as relações. Mais uma vez, estamos conectando nosso navegar com o seu, estreitando nossas conexões e transformando amor e afeto em joias. Pelo nosso fazer ancestral, genuíno e amoroso, pelo universo feminino que precisa ser expandido e cuidado sempre e por você, que merece joias talismãs feitas para te lembrar da força que você é!
Ah! E se quiser ler/ver para crer, segure aí nossa gramática do amor!
VÍRGULA
Uma pausa, um respiro! Seja para um café, para uma boa conversa ou boas risadas. Para estar presente, para estar junto!
PONTO
Viva o recomeço! O fim de uma etapa para que outra comece. Redondinho, cíclico e bem importante. Tudo novo de novo e ainda melhor que antes!
EXCLAMAÇÃO
Relações são cheias de emoções fortes, aquela intensidade bonita de sentir. A exclamação é um símbolo guardião da admiração, da surpresa, do entusiasmo das borboletas no estômago e tantas outras coisas boas de sentir!
PONTO E VÍRGULA
Aquela pausa necessária para encher os pulmões de ar, pensar um bocadinho e seguir. Poderíamos terminar a frase, a ideia, a viagem ou qualquer outra coisa mas, por algum motivo, resolvemos continuar. E que esse seguir seja sempre cheio de surpresas e belezas!
TRÊS PONTINHOS
Que venham as surpresas! A novidade, o frio na barriga! Aquele amigo que chega, aquele amigo que parte. Aos bons e inesperados encontros, às sincronias do universo, o novo e inesperado!